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SEMINÁRIO

PSICOLOGIA E AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS
19 DE 20 DE JULHO 2018
BELO HORIZONTE

OFICINAS

 

As oficinas serão realizadas no dia 20 de julho e as inscrições para participação serão realizadas presencialmente, durante o credenciamento. 

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Abayomi 
Oficineira: Marcela Andrade -  mulher negra, professora, criadora das Dandarinhas Abayomi
Oficina de bonecas pretas feitas de retalhos de pano e confeccionadas sem cola e sem costura, apenas com nós e amarrações. Nos navios, a Abayomi era feita bem pequenina, de forma que coubesse na palma da mão das crianças. Isto acontecia para que, se necessário, a criança pudesse esconder a boneca. Era esse cuidado, essa energia, essa relação e afeto que tornavam a abayomi uma companhia fiel e amuleto de sorte das crianças.

 

Apropriação cultural e uso de turbantes 
Oficineira: Vick de Paula - co-fundadora da Aya Acessórios e coordenadora estadual da Associação Nacional de Moda Afro-Brasileira
A oficina propõe um bate-papo sobre como os símbolos de algumas culturas são expropriados por outras, acompanhando um processo histórico de violência, onde este uso tem apenas finalidades econômicas ou outras, sem fazer uma conexão histórica justa e devida à cultura de origem. O turbante carrega a força da ancestralidade e transmite a valorização da cultura negra africana. Portanto, para pessoas negras, este uso não é apenas estético, é político.

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Cabelo é uma questão de identidade  
Oficineira: Sheruba Goferay – mulher negra, especialista em tranças e penteados afro

Mesmo com maioria da população negra, o Brasil tem como padrão de beleza os referenciais brancos, dentre os quais o cabelo liso. Há 12 anos, Sheruba trança e penteia cabelos crespos e na oficina apresentará reflexões acerca do cabelo natural para pessoas negras. Tais questões se relacionam a afastar-se da padronização, tornando-se uma decisão e uma ação política. Ambas dimensões impactam justamente na construção para algumas, ou na reafirmação para outras, de sua identidade negra. 

 

Erê - Esculturas negras de jornal 
Oficineira: Nanci Melo - mulher negra, arte-educadora formada na Escola Guignard (UEMG)
Misturando tradição, criação e imaginação, a boneca Erê é a representação tridimensional de mulheres negras que expressam e vivem seus corpos, suas cores e estéticas, seus costumes e rituais. Essa arte perpassa a história e a cultura afro e se coloca como elemento de afirmação das raízes étnicas, despertando sentidos e sentimentos em quem a constrói. Produzida a partir de matérias-primas sustentáveis, como jornais e retalhos, a boneca Erê é pensada como um ato político de representatividade, cuidado com o meio ambiente e preservação da história e identidade negra na forma de esculturas.

 

Questões estéticas e mulheres negras 
Oficineira: Naiara Tomayno - mulher negra, maquiadora referência em estética negra em BH.
Refletir sobre a estética é criar pontes para a ressignificação do termo, afastando-se da noção única de beleza branca, imposta e padronizada. Quando a mulher percebe que não traz os elementos estéticos reificados, pode desenvolver baixa autoestima, uma relação de não apreciação de si mesma. A oficina debaterá questões relacionadas à estética de mulheres negras, com dicas de maquiagem, em busca de valorização da estética da mulher negra brasileira. Traga seus produtos e espelho e aprenda conosco! 

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Saberes Kaxixó 
Oficineira: Líderjane Kaxixó - guerreira da tradição do povo Kaxixó
O povo Kaxixó luta por território até os dias de hoje. As famílias que vivem no território ocupam entre 15 e 20 hectares dos 5.411 hectares identificados e delimitados pela FUNAI, próximos ao município de Martinho Campos, em Minas Gerais. Líderjane compartilhará ensinamentos tradicionais de seu povo sobre tratamentos naturais envolvendo ervas e plantas medicinais e saberes sobre a saúde e a saúde mental. 

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Subjetividade tem cor? 
Oficineiras: Thalita Rodrigues e Maria Cristina - psicólogas negras e integrantes da Comissão de Psicologia e Relações Étnico-Raciais do CRP-MG
Nessa oficina será proposta uma reflexão sobre a produção de subjetividades. Como mola propulsora do debate, será discutido o racismo estrutural no Brasil e suas possibilidades de produção de sofrimento psíquico. Será abordado como psicólogas e psicólogos vêm tratando a questão na sua prática nos diferentes espaços de atuação e o letramento racial das(os) profissionais, como uma possibilidade de construir uma prática sensível às queixas de pacientes negras e negros, contribuindo para uma prática psi antirracista. 

 

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