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Juiz de Fora 

O Conselho Regional de Psicologia – Minas Gerais (CRP-MG) enviou ofício com as perguntas a todas (os) as (os) candidatas (os) para prefeitura do município e publica abaixo as respostas daquelas (es) que se manifestaram dentro do prazo estabelecido. 

BRUNO SIQUEIRA (PMDB)

1) Como o candidato se posiciona sobre a inserção da Psicologia, das psicólogas e psicólogos, nas políticas públicas municipais, caso seja eleito?
 
Resposta:
É extremamente necessário que os profissionais de Psicologia estejam inseridos não só na Política de Assistência Social, que traz por força de Lei a necessária composição de equipes dos Equipamentos Públicos Estatais, Cras, Creas e Centro Pop (Serviço Especializado para a População em Situação de Rua) com psicólogos e assistentes sociais em trabalho interdisciplinar, mas também nas políticas públicas de interface e de responsabilidade do poder público, como saúde e educação. Isto considerando a relevante contribuição que estes profissionais podem oferecer através de seus saberes para a construção de políticas públicas, materialização dos direitos constitucionais.
 
Existe uma relação histórica da psicologia com as políticas públicas de Saúde, especialmente no âmbito da Saúde Mental. Destacamos principalmente a inserção da psicologia na Saúde Pública com o movimento da Reforma Psiquiátrica, valorizando este como balizador para a relação da Psicologia e a Saúde Metal. Trata-se, portanto, de um profissional essencial não só na saúde mental como também em outros serviços de saúde de nossa secretaria, compondo as equipes de trabalho.
 


2) Quais são as propostas para a saúde pública, em especial para a área de saúde mental? Qual será́ o papel da Psicologia na saúde?
 
Resposta:
A inserção dos psicólogos nas políticas públicas torna-se cada vez mais essencial para a humanização e atenção integral ao usuário. A atuação dos psicólogos (as) nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) consolida a prática da desinstitucionalização, da garantia de direitos humanos e cuidado, de intervenção na cultura, a criação de lugares de tratamento e convívio entre diferentes, de realização de trocas simbólicas e culturais, além do trabalho no território com uma escuta diferenciada para acolher o sofrimento humano dando a essas pessoas uma condição digna e qualidade de vida. 
 
O trabalho desenvolvido na área de saúde mental em Juiz de Fora tornou-se referência nacional. Na nossa administração, foram implantadas na cidade 29 casas, as chamadas Residências Terapêuticas, para receber pessoas que vieram de diferentes hospitais psiquiátricos, algumas ficaram internadas por décadas. Com este novo formato de atendimento, é possível que elas tenham uma rotina normal, em uma casa, com quartos, sala, cozinha, quintal. Dezenove casas são para homens, nove para mulheres e uma é mista. Os assistidos que já estão morando nas Residências são acolhidos por equipes qualificadas com cuidadores, enfermeiros e um profissional de nível superior. O tratamento continua sendo feito através do Sistema Único de Saúde, onde estão disponíveis médicos especializados na área a disposição para atendê-los. Essa iniciativa traz uma nova realidade e, claro, possibilita um tratamento mais eficiente e humanizado a esses duzentos e noventa pacientes.
 
As propostas são ampliar e consolidar ainda mais a rede de saúde mental em nosso município, trazendo o psicólogo como um articulador da saúde coletiva e um agenciador da rede de cuidados tal como preconiza as diretrizes que embasam a profissão do psicólogo da saúde nos âmbitos da prevenção, promoção e tratamento. Por isso, os CAPS trabalham cada vez mais articulados com a atenção básica e com a rede de urgência e emergência através das linhas guias de atendimento que têm sido elaboradas por um grupo técnico da equipe de saúde mental que se reúne semanalmente e agrega diversos profissionais.
 
Acreditamos que com o concurso público poderemos efetivar e garantir mais postos de trabalho para os profissionais de psicologia, essenciais nas políticas públicas de saúde. O concurso já está em andamento, com a primeira prova tendo sido realizada em agosto.

 

3)  Quais são as propostas para a política de assistência social? Qual o papel da Psicologia na assistência social?
 
Resposta:
A psicologia, através do trabalho multiprofissional e interdisciplinar na Assistência Social, tem o desafio de construir, a partir da mudança de paradigma, uma prática que se posicione para além do assistencialismo, que seja capaz de promover a cidadania e autonomia.
 
As propostas para a política social visam garantir práticas comprometidas com a transformação social em direção a uma ética voltada para a emancipação humana. Vivemos durante muito tempo em nosso país diferentes experiências que possibilitaram a divulgação de um conjunto de práticas direcionadas aos problemas sociais brasileiros, práticas que apontavam alternativas para o fortalecimento de populações em situação de vulnerabilidade social, assim como para o fortalecimento dos recursos subjetivos para o enfrentamento das situações de vulnerabilidade.
 
Nesse sentido, temos como proposta fortalecer essas experiências com a ampliação da concepção social e governamental acerca das políticas sociais criadas pelo Sistema Único de Assistência Social (SUAS), fortalecendo as ações para o exercício da profissão de Psicologia no interior da sociedade cujo compromisso deva ser sempre a afirmação da vida. Esta é a questão a ser aprofundada, o desafio a ser enfrentado pela psicologia social na consolidação da política da Assistência Social. 
 
Ao psicólogo cabe voltar-se para as potencialidades e as vulnerabilidades instaladas nas comunidades, nos territórios, onde as famílias estabelecem seus laços mais importantes. E é assim que os Cras, Creas e outros equipamentos de nossa rede têm trabalhado. É preciso “ir onde o povo está”, eis a tarefa e essa é a proposta com o aumento e fortalecimento dos programas já existentes em nosso município. 

LAFAYETTE (PSD)

1) Como o candidato se posiciona sobre a inserção da Psicologia, das psicólogas e psicólogos, nas políticas públicas municipais, caso seja eleito? 


Resposta: Pretendo criar grupos multidisciplinares na área de saúde que incluem, além de médicos e enfermeiros, psicólogos, fonoaudiólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais e outras atividades que complementam o melhor atendimento aos pacientes.


2) Quais são as propostas para a saúde pública, em especial para a área saúde mental? Qual será o papel da Psicologia na saúde?

 
Resposta:
Minha intenção é melhorar a gestão da saúde, resgatar a vocação natural de cada hospital para aprimorar o atendimento, oferecer treinamento e capacitação para os profissionais da saúde de todas as áreas e reforçar o atendimento a atenção primária. Especificamente para a saúde mental, declaro que sou adepto à luta antimanicomial, assim, pretendo incentivar a difusão das residências terapêuticas. 

 

3) Quais são as propostas para a política de assistência social? Qual o papel da Psicologia na assistência social?
 

Resposta: Minhas propostas incluem ampliar a presença da Prefeitura no campo da assistência social e reforçar as parcerias com as entidades do Terceiro Setor. O papel da Psicologia é estar integrada ao trabalho da Assistência Social, como complementação de especialidades e objetivos. 

MARGARIDA SALOMÃO (PT)

1) Como a candidata se posiciona sobre a inserção da Psicologia, das psicólogas e psicólogos, nas políticas públicas municipais, caso seja eleita? 


Resposta: É fundamental, em qualquer gestão pública, a atuação de psicólogas e psicólogos nas políticas públicas, sobretudo nas políticas sociais, nas áreas de assistência social e saúde mental. Há uma demanda muito grande, em toda a cidade de Juiz de Fora, por atendimento psicológico qualificado. A atuação de psicólogos/as deve ser de forma interdisciplinar, em várias áreas da gestão municipal. Nas políticas de infância e adolescência, para a população de rua, para os dependentes químicos, bem como ações para outras parcelas vulneráveis da população, é fundamental um corpo técnico qualificado, com formação em psicologia. Não há dúvidas de que, na nossa gestão, os profissionais da psicologia terão espaço de interlocução e de atuação.

 


2) Quais são as propostas para a saúde pública, em especial para a área saúde mental? Qual será o papel da Psicologia na saúde?

 
Resposta:
Está previsto, no nosso plano de governo, políticas transversais em saúde, para atender as especificidades de parcelas da população, como gestantes, idosos, crianças, dentre outros. Em todas elas, está prevista a participação de psicólogos na sua implementação. No que se refere à saúde mental, é fundamental, para construir uma cidade melhor, termos uma política qualificada, com comunidades terapêuticas conveniadas fortalecendo a rede. É necessário também expandir o número de Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) no município, com vistas a atender toda a demanda por esse tipo de serviço.

Além disso, é necessário fortalecer a atuação de psicólogos nos equipamentos públicos de saúde do município.

 

 

3) Quais são as propostas para a política de assistência social? Qual o papel da Psicologia na assistência social?
 

Resposta: Temos um programa robusto na área de assistência social. Há uma parcela importante da população em Juiz de Fora vulnerável e desassistida de políticas sociais. Vamos criar uma política municipal para a população de rua; para usuários de drogas; para crianças e adolescentes em situação de risco, bem como fortalecer o CRAS e outros equipamentos públicos para populações vulneráveis. Pretendemos também aumentar o número de CAPS AD. Em todas essas políticas será fundamental a atuação de psicólogos e psicólogas, garantindo sua efetividade.

MARIA ANGELA (PSOL)

1) Como a candidata se posiciona sobre a inserção da Psicologia, das psicólogas e psicólogos, nas políticas públicas municipais, caso seja eleita? 


Resposta: Pensamos que a participação de profissionais da área da Psicologia é de extrema importância na formulação e na implementação das políticas públicas municipais. Hoje temos uma realidade onde é cada vez mais necessário o trabalho intersetorial nas políticas e o trabalho da Psicologia é fundamental, agindo como um elemento integrador e que permite uma visão expandida do que normalmente temos na área das políticas municipais.

 

 

2) Quais são as propostas para a saúde pública, em especial para a área saúde mental? Qual será o papel da Psicologia na saúde?

 
Resposta: 
Temos como elemento central da nossa política de saúde pública o fortalecimento da atenção básica, com o intuito de trabalhar na prevenção e promoção da saúde nas comunidades. Juiz de Fora não tem nenhum NASF, defendemos sua criação e a implementação de vários núcleos pela cidade, com a inserção de psicólogos trabalhando articulados com as Equipes Saúde da Família, fortalecendo a  Atenção Básica. Defendemos também a ampliação da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), fazendo com que haja um atendimento mais regionalizado e de maior qualidade. 

3) Quais são as propostas para a política de assistência social? Qual o papel da Psicologia na assistência social?
 

Resposta: Na assistência social defendemos a centralização das políticas na Secretaria de Desenvolvimento Social, evitando qualquer tipo de terceirização na área. Nesse sentido, pensamos em fortalecer os quadros dessa secretaria, fazendo concursos. Defendemos também a ampliação e regionalização dos dispositivos da Atenção Primária e Secundária (CRAS e CREAS), fazendo com que a territorialização desses dispositivos consiga atender as demandas da assistência social de forma mais efetiva e racional, proporcionando mais qualidade de vida para a população, criando um espaço de proteção e segurança mais amplo.

NORALDINO (PSC)

1) Como o candidato se posiciona sobre a inserção da Psicologia, das psicólogas e psicólogos, nas políticas públicas municipais, caso seja eleito? 

Resposta: Noraldino Junior acredita na importância da formação emocional dos indivíduos como fator determinante na constituição de uma sociedade responsável e civilizada. Psicólogas e psicólogos têm papel fundamental neste processo e são insubstituíveis em políticas públicas que envolvam educação e saúde.

2) Quais são as propostas para a saúde pública, em especial para a área saúde mental? Qual será o papel da Psicologia na saúde? 

 

Resposta: Alguns excertos do nosso Plano de Governo podem exemplificar estas propostas:
• Criar um centro de convivência para apoio ao servidor, com atividades de lazer e acompanhamento psicológico, especialmente para aqueles em licença de trabalho;
• Instituir o Centro de Reabilitação Municipal, fortalecendo reorganizando os serviços existentes com ampliação do atendimento nas áreas de ortopedia, neurologia e neuropediatria, fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, assistência social, psicologia, enfermagem, acupunturara, nutrição e fisiatria.
• Fortalecer a rede de Atenção Psicossocial nas suas diversas áreas de atuação, especialmente voltado para álcool e drogas;
• Implantar o Plano Diretor de Atenção Psicossocial, promovendo melhorias na rede e ampliando a capacidade desse atendimento;
• Ampliar e integrar a rede de atenção ao usuário de álcool e outras drogas, proporcionando a assistência contínua, especialmente a partir da atenção primária, com as equipes de saúde da família, de saúde mental e os consultórios de rua.

 

Acreditando na eficiência das equipes multidisciplinares, a Psicologia terá lugar garantido junto a outros saberes de forma oferecer às pessoas um tratamento completo e eficiente.

 

 

3) Quais são as propostas para a política de assistência social? Qual o papel da Psicologia na assistência social? 

 

Resposta: A Assistência Social precisa estar atrelada a políticas públicas continuadas, que visem à instauração ou restauração da cidadania e, principalmente, da dignidade humana. Nossa proposta pretende otimizar de forma inteligente a aplicação dos recursos humanos e materiais da prefeitura, evitando o assistencialismo e visando a eficiência, para que mais pessoas sejam atendidas.

A Psicologia tem papel fundamental na assistência social; ela pode contribuir com seu agregando e valorizando o aspecto das experiências subjetivas no individual, no coletivo, no social. As relações destes indivíduos podem ser compreendidas de uma maneira mais ampla e as alternativas para retomar o protagonismo em suas vidas podem ser mais abrangentes.

VICTORIA MELLO VIC (PSTU)

1) Como a candidata se posiciona sobre a inserção da Psicologia, das psicólogas e psicólogos, nas políticas públicas municipais, caso seja eleita? 


Resposta: Defendemos concurso público para todas as áreas da prefeitura. No caso específico de psicólogos, defendemos a inclusão desses profissionais na secretaria de educação, de saúde, de assistência social e de atendimento aos próprios servidores. É necessário definir com os profissionais a carência em cada setor.

 

2) Quais são as propostas para a saúde pública, em especial para a área saúde mental? Qual será o papel da Psicologia na saúde?

 
Resposta: 
A saúde em geral vai muito mal em JF. Defendemos desprivatizar o setor suspendendo convênios, organizações sociais e terceirizações. Todo o dinheiro público destinado a saúde deve ser gasto exclusivamente com a  saúde pública, aí incluída a saúde mental. Queremos ouvir os profissionais da área para a implementação das politicas mais adequadas. Entendemos que a psicologia deve ser  incluída no planejamento de promoção da saúde da população. 

3) Quais são as propostas para a política de assistência social? Qual o papel da Psicologia na assistência social?
 

Resposta: Impossível pensar em assistência social sem considerar o psicólogo como partícipe fundamental. Já existe toda uma rede de assistência com convênios e projetos do governo federal. Nossa proposta é de construção de um projeto para a área debatendo com os profissionais a pertinência e eficiência desses projetos com objetivo de ofertar à população uma assistência com mais qualidade.

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